sábado, 6 de agosto de 2011

O outro


É no mínimo incômodo sairmos de nossa zona de segurança e olharmos para o próximo. Vivemos em uma era totalmente impessoal, egoísta e egocentrista. Busca-se dinheiro, fama, prestígio, ainda que isso signifique ''passar por cima'' de milhões de pessoas. Não falo de Hitler com o Holocausto, nem dos políticos com as verbas do combate à fome desviadas, mas de nós mesmos que passamos todos os dias por muitas pessoas que precisam de nós e simplismente não as vemos. 
Não vemos, pois muitas delas se tornaram invisíveis a nós, se tornaram parte de uma paisagem urbana repleta de injustiças sociais de todo tipo. Isso acontece até mesmo com tantas pessoas com quem convivemos diariamente e com as quais não trocamos meia dúzia de palavras.
Passamos diariamente por várias pessoas que não sabemos nem o nome. Você alguma vez já deu bom dia para o porteiro do seu prédio? Ou para a faxineira da sua escola?
É do que Otto Lara Rezende trata em uma de suas crônicas: a banalização do olhar. De tão acostumados a ver, nós não vemos, e de tão acostumados a não ver, nos esquecemos de que se trata de pessoas, assim como nós.

2 comentários:

  1. Concordo com o texto, infelizmente*.
    Usou muito bem as palavras, gostei (;

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  2. oxxi
    seu continho continua muito lindo!!
    parabéns! voltarei sempre!!

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