quarta-feira, 19 de junho de 2013

Superei


Eu não espero que você me ligue. Na verdade, nesse momento eu nem estou segurando o celular para verificar se tem alguma chamada, ou mensagem de texto, ou quem sabe um lembrete que você tenha colocado no meu celular sem eu perceber, como você fazia quando ainda éramos apenas amigos.
E é isso que deveríamos ter continuado sendo: apenas amigos. Porque eu nem gostava de ficar assistindo filme no sábado a tarde, abraçadinha com você. Nem gostava do seu perfume que sempre ficava grudado na minha blusa. Eu nem me derretia com suas palavras bonitas, sempre na hora certa. É que eu sei mentir bem, você nunca percebeu.
 Eu não tenho saudades de nossas discussões idiotas, nem de quando fazíamos as pazes. Eu nem guardo aquelas cartas que você me mandava, nem as mensagens de texto. Nem fico relendo aquilo tudo, chorando a cada lembrança. Pra falar a verdade, eu nem gostava de ir toda sexta assistir a um filme qualquer com você.
Por isso nem me deixe recados inbox porque eu não atualizo a página toda hora para ver se chegou uma mensagem nova. Falando em rede sociais, eu nem ''stalkeio'' seu perfil de minuto em minuto e também o daquelas pessoas que curtem ou comentam seus posts.
Sei que é difícil, mas você vai ter que aceitar que eu superei o nosso fim.

sábado, 1 de junho de 2013

De longe


Muito fácil dizer o que é ''melhor para o mundo'' do conforto de seu apartamento. Ou julgar os comportamentos alheios sem ao menos refletir sobre o que os levaram a fazer isso. É cômodo insuflar revoluções na tela de um computador (ops..) ou em uma conversa de bar. Ou dizer que o mundo está perdido, sem nunca ter parado para avaliar as próprias atitudes, para perceber que, muitas vezes, agimos exatamente igual a quem criticamos.
É fácil dizer que as pessoas são egoístas, mesquinhas, sem nunca ter estendido a mão para alguém sem esperar nada em troca.
A gente as vezes esquece que o que é certo ou errado pra mim, não precisa ser para as outras pessoas.
Ninguém é igual (ainda bem!) e eu não tenho o direito de impor minhas ''verdades'' a ninguém.
E que delegar aos outros nossas culpas é sempre a saída mais cômoda (e nunca resolve nada!).