''Quando eu acordar, será um um dia lindo, serei promovida, ganharei um aumento e conhecerei o amor da minha vida.''
Mas está caindo um temporal daqueles, o chefe promove a bonitona acéfala recém-formada e, a não ser que o amor da sua vida seja o cobrador da fatura do cartão de crédito, você não o encontrou. Ironias do destino.
Expectamos, ou seja, esperamos demais e ai nos frustramos.
Expectamos, ou seja, esperamos demais e ai nos frustramos.
Esperamos séculos pelo lançamento daquele filme e quando assistimos, saímos do cinema frustrados, pois nos decepcionamos com a atuação da atriz principal, ou com efeitos especiais surreais, ou porque era melodramático demais. Detalhes que se assistíssemos a ele sem antes ter esperado por algo espetacular, talvez nem notaríamos. Talvez.
Da mesma forma, quando um amigo nos recomenda um restaurante, um filme, ou seja o que for, já criamos expectativas quanto a isso.
E talvez ele tenha indicado por um excesso de empolgação momentânea e nem seja lá essas coisas e o nosso olhar ansioso faz parecer ainda pior. Daí, aquela sensação de dinheiro jogado fora, noite perdida... E quem sabe, talvez ele tenha lá o seu charme.
É sempre assim, esperar demais sempre faz com que as coisas pareçam que poderiam ser melhores, e não são.
Além disso, que maravilha não é ser surpreendido?
Uma ligação de um amigo que não se via há anos, um convite inesperado, uma festa surpresa, uma promoção repentina, um abraço...
Enfim, tudo é melhor quando não esperamos.
Mas confesso que é quase impossível ficar sem esperar nada.