sábado, 29 de setembro de 2012

utopia


Quando vamos aprender a não nos compararmos a ninguém e admirarmos aquilo que o outro tem de melhor, sem que necessariamente nos seja preciso imitá-lo.
Respeitar as peculiaridades de cada um, suas opiniões, costumes, sem precisar colocar as nossas em uma posição superior de dono da verdade?
Quando vamos perceber que as pessoas não têm que pensar de forma igual?
Quando vamos parar com essa auto-afirmação desnecessária, precisando sempre nos sentirmos superiores?
Vendo o mundo como ele anda, acho que nunca.
Porque, sinceramente, o pessoal por ai anda esquecendo que a verdade nunca é uma só.

sábado, 22 de setembro de 2012

As coisas como eram



Não poucas vezes, me vejo surpresa com as mudanças. É que tenho dificuldade em acompanhar o ritmo dos acontecimentos, e na maioria das vezes, sinto saudade de como as coisas um dia foram.
É estranho olhar para alguém que fez parte da sua história, com uma importância tremenda e ver que hoje suas  conversas com essa pessoa não refletem nem de longe o que foi vivido.
É olhar para a figura dessa pessoa e tentar buscar nela quem ela uma dia foi para você.. em vão.
Mudanças são inevitáveis. Crescemos, nos aproximamos de algumas coisas, nos afastamos de outras, perdemos, ganhamos.. é a eterna montanha russa da vida. É o eterno ir e vir a que estamos sujeitos.
Tanta gente que era anônima para nós e hoje são peças fundamentais de nosso cotidiano.  Pessoas com quem convivemos no passado e que voltam à nossa vida, através de outras relações, outros sentimentos.
Tantos sonhos do passado que hoje são uma realidade ao alcance das nossas mãos e tantas coisas que já nos foram banais e corriqueiras, e que hoje daríamos tudo para tê-las no presente.
Aquela série adolescente agora já parece boba demais. Não faz mais sentido, e nem temos tempo, de acordar mais cedo e levar o travesseiro para  o sofá para assistir desenho.
Aquelas músicas que não saiam do seu diskman (alguém sabe o que é isso hoje?) , se tornaram apenas a trilha sonora que embala as lembranças de um  passado distante.
É ver amigos que brincaram de boneca e correram na rua com você, subindo no altar. Ou aquele moleque com quem você jogava bafo, presidindo uma empresa.
Crescer é isso. É acordar um dia e se assustar, sem reconhecer a pessoa que você se tornou.