Bem mais que aquele tempo que ela passara no campo, refletindo e superando as mágoas do verão passado, o tempo havia lhe mudado.
Perceptível ou não, ela era outra. Não era uma daquelas mudanças de novela, em que o patinho feio se torna cisne. Suas mudanças eram mais profundas demais para serem expressas em uma nova cor do cabelo ou numa drenagem linfática.
Agora, ela olhava em volta de seu coração e as mágoas que antes ocupavam o centro da sala, não passavam de móveis velhos empilhados no fundo da casa.
Mas, apesar de ter superado tudo, ela sentia um vazio imenso. Precisava pintar as paredes, abrir a janela para o sol entrar e o ar se renovar, jogar fora a tralha que o cupava seu quintal.
Ela sentiu a necessidade de sair em busca de tudo isso. Tintas, móveis, tapetes, cortinas e quem sabe até uma companhia para fazer o serviço.
Primeiro: eu gostaria de me desculpar pela demora em comentar com a ressalva de que ela foi proporcional à sua vinda aqui em casa...rsrs (ou não, já que vc ainda nao veio e eu estou comentando o post!)
ResponderExcluirSegundo:dizer mais uma vez q eu adoro seus textos, pois eles têm ao mesmo tempo ótimas técnica e poesia.
Terceiro:eu realment gostaria que essa fosse uma parte da minha biografia, porém estou com enorme dificuldade em abrir as cortinas para que a luz entre.
Quarto: que dia vc vem aqui em cas, enrolada?????????????????