sábado, 3 de setembro de 2011

Caro Freud,


Para mim é uma decepção sem tamanho saber que um cara tão inteligente como o senhor, o pai da psicanálise, que desvendou tantos segredos do cérebro humano,  não conseguiu responder a mais banal das perguntas: o que querem as mulheres?
Eu, mera mortal, digo-lhe que não queremos muito, vocês, homens, é que não se esforçam em descobrir isso, porque isso significaria assumir que durante séculos vocês estiveram errados em muitos julgamentos que fizeram sobre nós.
Em primeiro lugar, queremos nosso espaço na sociedade, não é tomar o lugar dos homens, mas ocupar aquele que é nosso por direito.
Queremos ser livres, sem que nossas atitudes sejam julgadas com um peso maior que as dos homens.
Queremos poder lutar pelo que queremos e, da mesma forma, se deixamos de querer algo que antes queríamos muito, não siginifica que
somos complicadas, apenas usamos bem o direito de mudar de opinião.
Também queremos o direito de não saber o que queremos  e de passarmos por momentos de indecisão. Queremos não ser chamadas de barbeiras, pois temos capacidade para dirigir até melhor que um homem, sem que isso seja motivo de espanto e  pode ter certeza  de que não bateremos o carro se pararmos para olhar um homem bonito (ao contrário dos homens com as mulheres), podemos perfeitamente deter nossos sentidos em duas coisas.
Queremos que vocês não subestimem  nossa inteligência com mentirinhas mal formuladas (nem com nenhuma outra mentira). 
Queremos usar uma roupa mais curta sem nos sentirmos como uma carne pendurada no açougue, à mercê do julgamento masculino. Queremos nos sentir amadas e respeitadas, ser defendidas, não por sermos mais frágeis, mas como uma prova de companheirismo.
Então, esqueça essa história de sexo frágil, inferior, superior ou qualquer outra coisa.
Olhe para as mulheres de igual para igual, respeite-as e ame-as e, assim, entenderá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário